Roberto Caldeira F. Junior
ISBN: 9788571605206
Gênero: Romance / Prosa lírica / Ficção brasileira
Maza Edições
Maza Edições
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Preço: R$ 15,00
Contato para aquisição: spymg01@yahoo.com.br
PREFÁCIO
O texto que ora se apresenta nas páginas a seguir é surpreendente em múltiplos aspectos. A narrativa, subjetiva, intimista, introduz o leitor no mundo de Natalie, que busca sofregamente clarear a identidade de sujeito capaz de designar a si mesmo ao significar o mundo. A reconstrução da história de vida pela mediação da narração poética e em prosa conduz a uma dimensão temporal tanto de si como da própria ação. A identidade dos sujeitos se processa no âmbito da semântica da ação e auxilia a aproximação com a pessoa do leitor para interpretar a aliança subjetividade e razão. Seria narrar interpretar-se? Quando os personagens falam de si mesmos, há um mundo interior projetado na narração, vinculado a uma realidade exterior de sua cultura. O sujeito se designa a si mesmo ante o outro e o mundo através dos signos e significantes traduzidos na narração. A identidade pessoal dos personagens Natalie, Elend, Schlange, Herrschaft e Kalón é uma problemática envolvida na existência coletiva, reproduzida na via temporal. Existiria uma estrutura da experiência humana capaz de integrar as narrativas históricas e de ficção? Seriam as vidas humanas mais legíveis e inteligíveis quando interpretadas a partir dos modelos narrativos das intrigas tomadas da ficção? O cárcere de Natalie surpreende ao instigar a reflexão sobre o mesmo e o outro. Na tríade descrever, narrar, prescrever destaca-se o exercício de constituição do si mesmo e identidade do sujeito submersa na trama existencial. No cárcere de Natalie a identidade se manifesta em paradoxos múltiplos, a traduzir uma penúria no reconhecimento do si mesmo e ultrapassa o tempo presente em um jogo entre passado, presente e futuro. A vida é enigma, mistério. O lugar da identidade constitui um espaço de aporias, contradições. Contudo, a vida é também sonho e desejos, cheios de imagens criadas pela subjetividade de cada singularidade, enraizada na cultura do vivido e particularidade do ser. Sonho, enigma, mistério, desejos (in)confessos, alegrias? Tal como o papel do coro nas tragédias gregas as falas em poemas surpreendem e instigam o leitor a refletir sobre o sentimento do trágico, do mal, da falta, da antinomia bem-mal, do tormento do ser na angústia existencial. As páginas seguintes convidam o leitor a uma imersão no Cárcere de Natalie para-através de seus personagens-interpretar-se na totalidade paradoxal do si mesmo e da trama espelhada no mundo finito.
Dr. Antônio Aurélio Oliveira Costa
Professor de Filosofia – PUC Minas
Apresentação
Roberto Caldeira é um jovem escritor e traz consigo a experiência que não se conta nos anos vividos, mas na vivência atenta a cada movimento da vida e do mundo. Sua aproximação aos problemas sérios da vida se dá com a parcimônia de quem toca o mistério. Ele o indaga com zelo, atenção e cuidado. A finitude, o amor mais difícil de ser vivido, é seu tema liberador. Roberto é autor de muitas perguntas e uma meta. Seu estilo conduz o interlocutor a desconcertar-se e rir-se antes de mais nada de si mesmo. Os personagens que habitam o imaginário do filósofo jovial pedem licença para tomar o nosso mundo real, o mundo das vivências em que cada um sabe de seus medos, de seus projetos e de seus sonhos
Roberto escreve com a sensibilidade do músico-artista. Seus personagens parecem flutuar ao mesmo tempo em quem nos sentimos agarrados ao fundo do assento de nossas próprias questões. Suspeito que Roberto Caldeira seja um psicólogo-escritor no futuro. Se agora ele se lança perito da alma, os trilhos da vida poderão levá-lo a desvendar florestas ainda mais densas.
Apresentar Roberto Caldeira não me parece tarefa fácil. Não porque o autor se oculte em um cárcere de sombras, mas porque nele se contempla um futuro promissor, um horizonte muito vasto de possibilidades. O autor que com estima e amizade agora apresento, sem autoridade nem mérito para tanto, o deixo sem pressa aos leitores que recebem a sua primeira obra. Espero que vejam nele o brilho da estrela mais distante que nos chama ao ultrapassamento.
Flavio Senra
O texto que ora se apresenta nas páginas a seguir é surpreendente em múltiplos aspectos. A narrativa, subjetiva, intimista, introduz o leitor no mundo de Natalie, que busca sofregamente clarear a identidade de sujeito capaz de designar a si mesmo ao significar o mundo. A reconstrução da história de vida pela mediação da narração poética e em prosa conduz a uma dimensão temporal tanto de si como da própria ação. A identidade dos sujeitos se processa no âmbito da semântica da ação e auxilia a aproximação com a pessoa do leitor para interpretar a aliança subjetividade e razão. Seria narrar interpretar-se? Quando os personagens falam de si mesmos, há um mundo interior projetado na narração, vinculado a uma realidade exterior de sua cultura. O sujeito se designa a si mesmo ante o outro e o mundo através dos signos e significantes traduzidos na narração. A identidade pessoal dos personagens Natalie, Elend, Schlange, Herrschaft e Kalón é uma problemática envolvida na existência coletiva, reproduzida na via temporal. Existiria uma estrutura da experiência humana capaz de integrar as narrativas históricas e de ficção? Seriam as vidas humanas mais legíveis e inteligíveis quando interpretadas a partir dos modelos narrativos das intrigas tomadas da ficção? O cárcere de Natalie surpreende ao instigar a reflexão sobre o mesmo e o outro. Na tríade descrever, narrar, prescrever destaca-se o exercício de constituição do si mesmo e identidade do sujeito submersa na trama existencial. No cárcere de Natalie a identidade se manifesta em paradoxos múltiplos, a traduzir uma penúria no reconhecimento do si mesmo e ultrapassa o tempo presente em um jogo entre passado, presente e futuro. A vida é enigma, mistério. O lugar da identidade constitui um espaço de aporias, contradições. Contudo, a vida é também sonho e desejos, cheios de imagens criadas pela subjetividade de cada singularidade, enraizada na cultura do vivido e particularidade do ser. Sonho, enigma, mistério, desejos (in)confessos, alegrias? Tal como o papel do coro nas tragédias gregas as falas em poemas surpreendem e instigam o leitor a refletir sobre o sentimento do trágico, do mal, da falta, da antinomia bem-mal, do tormento do ser na angústia existencial. As páginas seguintes convidam o leitor a uma imersão no Cárcere de Natalie para-através de seus personagens-interpretar-se na totalidade paradoxal do si mesmo e da trama espelhada no mundo finito.
Dr. Antônio Aurélio Oliveira Costa
Professor de Filosofia – PUC Minas
Apresentação
Roberto Caldeira é um jovem escritor e traz consigo a experiência que não se conta nos anos vividos, mas na vivência atenta a cada movimento da vida e do mundo. Sua aproximação aos problemas sérios da vida se dá com a parcimônia de quem toca o mistério. Ele o indaga com zelo, atenção e cuidado. A finitude, o amor mais difícil de ser vivido, é seu tema liberador. Roberto é autor de muitas perguntas e uma meta. Seu estilo conduz o interlocutor a desconcertar-se e rir-se antes de mais nada de si mesmo. Os personagens que habitam o imaginário do filósofo jovial pedem licença para tomar o nosso mundo real, o mundo das vivências em que cada um sabe de seus medos, de seus projetos e de seus sonhos
Roberto escreve com a sensibilidade do músico-artista. Seus personagens parecem flutuar ao mesmo tempo em quem nos sentimos agarrados ao fundo do assento de nossas próprias questões. Suspeito que Roberto Caldeira seja um psicólogo-escritor no futuro. Se agora ele se lança perito da alma, os trilhos da vida poderão levá-lo a desvendar florestas ainda mais densas.
Apresentar Roberto Caldeira não me parece tarefa fácil. Não porque o autor se oculte em um cárcere de sombras, mas porque nele se contempla um futuro promissor, um horizonte muito vasto de possibilidades. O autor que com estima e amizade agora apresento, sem autoridade nem mérito para tanto, o deixo sem pressa aos leitores que recebem a sua primeira obra. Espero que vejam nele o brilho da estrela mais distante que nos chama ao ultrapassamento.
Flavio Senra